Quando o embate moral entre os extremos da sociedade chega a um impasse como o atual sobre o aborto, eis o preciso momento de invocarmos o Supremo Tribunal de George Carlin:
https://youtu.be/E4yXL6l8Yns
George Carlin era um comediante americano conhecido por sua comédia irreverente e comentários sociais contundentes. Em seu material, ele frequentemente abordava tópicos polêmicos de maneira direta e satírica, incluindo o aborto.
Em seu especial de stand-up “Back in Town” (1996), Carlin fez um longo segmento sobre o aborto. Ele criticou a hipocrisia percebida dos movimentos pró-vida (anti-aborto) nos Estados Unidos, argumentando que muitos defensores da vida eram, em sua visão, mais preocupados com os fetos do que com as crianças após o nascimento. Ele ressaltou que essas mesmas pessoas muitas vezes eram a favor da pena de morte e contra programas sociais que poderiam ajudar crianças e mães.
Carlin também comentou sobre anencéfalos, bebês que nascem com uma grande parte do cérebro e do crânio ausentes. Ele mencionou que esses casos são frequentemente usados nos debates sobre aborto, particularmente em discussões sobre exceções em leis restritivas. Em seu estilo característico, ele usou humor mórbido e sarcasmo para criticar a forma como essas questões são politicamente manipuladas.
Vale lembrar que a abordagem de Carlin era satírica e, portanto, suas observações eram muitas vezes exageradas e destinadas a provocar reflexão e discussão, além de riso. Ele usava sua plataforma para desafiar as normas sociais e políticas, forçando seu público a reconsiderar suas próprias crenças e preconceitos.
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Trazido à baila por um artigo inspirado do Papo de Homem.