Tudo bem que todo mundo é um pouco chato de vez em quando. A chatice é algo intrínseco à nossa humilhante condição humana. Tem um tanto a ver com alterações de humor e outro com a falta de perceção sobre a inconveniência de nossos atos.
Eu mesmo, quando me empolgo demais fico insuportável. Há quem encha o saco quando está bêbado, ou chapado. Há quem insista em argumentar no meio de discussões tolas para fazer prevalecer seu ponto de vista, especialmente quando o assunto envolve valores morais, religiosidade, futebol ou um entrave interminável sobre o ator que faz o protagonista de Alpha Dog (eu disse “ator”, não o Justin Timberlake, ok?).
O problema é que tem gente que vive nesse estado de pentelhação 24 horas por dia. Fala e faz coisas com um aparente propósito de ser o mais inconveniente possível. São malas sem-alça tão desagradáveis que conquistam notoriedade entre os amigos. Vai dizer que você não conhece alguém cujo nome seja sinônimo de “chato” nas piadas internas da sua galera?
Meu conselho pra 2008 fica aí: pare e reflita muito sinceramente se você também sofre de malária. Em caso de diagnóstico positivo, não se desespere. A vida é uma folha em branco pra você escrever o que bem entender. Se o seu texto ficou ruim até o presente momento, trate de recomeçar do zero e preencha as próximas páginas com mais cautela.
E se nem mesmo um post claro e objetivo (e chato) como este é capaz de fazer você se mancar, faça a todos nós um grande favor: vá tomar no cu.