Vem pra caixa você também!


frito Eis então que finalmente chegamos à última postagem da nossa famigerada “Semana Oficial da Psicodelia”. Gostaria de fazer um balanço final e algumas considerações sobre o que aconteceu com o blog nos últimos dias.

Como previsto, a saturação de um tema tão restrito a um nicho muito bem definido de leitores ocasionou a insatisfação de parte do nosso público manifestada através de e-mails e comentários um bocado grosseiros. Piada interna tem dessas coisas: é difícil achar graça em algo que não se conhece.

Àqueles que estiveram por um triz de colocar o TRETA na lista negra de blogs malditos, avisamos que a partir da semana que vem voltaremos à nossa programação normal, sacaneando não apenas os fritos, mas também os emos, os nerds, os afro-descendentes e os homossexuais. É o que eu chamo de “cretinice democrática“.

Abordar um tema como este aqui no TRETA foi uma experiência ousada. Dedicamos toda a semana para falar de um universo que é visto com desprezo e truculência pela maioria da sociedade: as raves. Quem nunca foi em uma ou deu o azar de escolher as festas erradas certamente não há de apoiar a nossa causa.

Independente de ter sido conteúdo patrocinado e levado à exaustão pela minha própria predisposição a falar de algo que gosto, o feedback recebido e toda a discussão sobre a chacotada mais uma vez me fez perceber o quanto vivemos entre pessoas que não estão preparadas para lidar com a diversidade.

Sempre fui adepto às mais distintas formas de entretenimento. Acredito sinceramente que na companhia das pessoas (e cervejas) certas, até um baile funk, uma roda de samba ou um culto evangélico podem ocasionar uma noite repleta de diversão.

De outro lado, também sou partidário da livre manifestação da alegria. Num mundo tão cruel como o que vivemos, todos têm o direito de bancarem os bêbados ridículos, ou fritos fanfarrões. Pelúcias, plaquinhas, caretas e outras fanfarronices nada mais são do que a expressão mais sincera de um sentimento de satisfação que reprimenda nenhuma irá extinguir.

Cada pessoa sabe a onda que curte e eu serei sempre o primeiro a defender-lhes o direito absoluto de fazer o que quiserem. Dance, corra, grite, beba, pule, ria, dê cambalhota. Aproveite cada minuto da sua curta existência.

Há de ser tudo da Lei.

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No fundo, no fundo, ridículo mesmo é você que está tão preocupado com algo que não lhe diz respeito.

(*) Imagens via fotolog.com/pissaitrenci