Pouca coisa me intriga mais do que a ciência hi-tech (lê-se “rái-téqui”) empregada na fabricação dos xampús (lê-se “shampoos”). Se tudo aquilo que é dito nos comerciais for verdade, eu começo a acreditar que a nanotecnologia virá muito em breve. Afinal de contas, como um xampú de “ação seletiva” (para cabelos com raízes oleosas e pontas secas) pode saber quando está lavando a raiz e quando está lavando a ponta???
Outro problema fundamental é a questão dos critérios de classificação. Meu cabelo, por exemplo, é castanho, encaracolado e seco. Não existe um xampú que atenda por completo. Ou eu compro um para cabelos castanhos, ou um para cabelos encaracolados ou um para cabelos secos. Ou, melhor ainda, compro um de cada e misturo os três na hora do banho. Whatever (lê-se “uoréver”).
De tão intrigado com o tema, comecei hoje uma experiência que pode revolucionar o mercado internacional de xampús. Comprei três frascos de Seda, um para cabelos pretos, um para castanhos e um para loiros. Minha mãe, que é loira (de farmácia), vai usar só o preto. Eu que tenho cabelos castanhos, vou usar só o para loiros, e meu irmão, que tem o cabelo igual o meu, vai manter-se com o xampú para castanhos, possibilitando uma referência quando da análise dos resultados finais. Aguardem o relatório.
(Originalmente publicado em 15/05/2006)