Apesar de estudos já terem comprovado a predominância estatística de garranchos entre médicos, como são relativos e limitados, oficialmente não existe comprovação científica de que todo médico tenha péssima caligrafia.
Ainda assim, o fato é que a medicina é uma das poucas profissões em que manuscritos ainda podem salvar vidas – e não estou fazendo qualquer metáfora religiosa. Quando receituários médicos são confusos ou indecifráveis, eleva-se o risco de intoxicação por erro de administração dos remédios.
A origem dessa problemática tradição se apresenta em duas teorias. A mais romântica lembra que no passado os médicos prescreviam suas receitas com o intuito de que somente um boticário experiente as compreendesse, evitando que o paciente se arriscasse a fazer o próprio remédio. A mais pragmática explica que na faculdade, o fluxo de informações a serem anotadas nos cadernos pelos estudantes é tão intenso que acarreta tal desleixo caligráfico.
No Brasil, não apenas uma lei federal, mas também uma portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Código de Ética Médica exigem que as receitas devem ser legíveis, claro. Mas na prática, sabemos que, assim como a letra dos doutores, nem sempre o critério é claro.
Pensando sempre no bem da sociedade brasileira, trazemos uma solução hipotética para o problema: receita digitada e impressa, ou datilografada.
E que os médicos guardem seus talentos manuais para desenvolver outras habilidades artísticas, como a reprodução de alguns logos famosos:
Fontes: Mundo Estranho, Super Interessante, O Verso do Inverso
BONUS TRACK – Caso aceitem a ideia de imprimir receitas digitalizadas, mas não queiram perder o velho estilo displicente na escrita, fica esta sugestão de fonte para imitar os garranchos médicos de forma minimamente legível:
ATUALIZAÇÃO – Aparentemente um grupo de profissionais da área médica se manifestou em protesto contra este post…
