Quando apareceram os “computadores do milhão”, “amazon pc”, facilidade de parcelamento e o acesso barato à Internet, um grande amigo anteviu que haveria uma invasão dos “inclusos digitais” em tudo que fosse canto da rede mundial de computadores, e infelizmente, ele estava certo. Em um país em que o Big Brother é líder de audiência e o exibicionismo e o voyeurismo é corriqueiro, apareceram os célebres dos fotologs. Com o advento do Orkut, ai sim, a merda estava completa.
No circo de horrores e pseudopersonalidades, nomes como Lu Rotter, Evandrin, entre tantos outros fizeram sucesso devido a suas excentricidades. Lembrando que eles não possuíam nenhuma característica que utilizasse a boa acepção do adjetivo. Bizarro, freak e escroto delineavam-os bem melhor, creio eu. Muita gente apareceu por escrever asneiras em algumas comunidades ou, “sem querer”, dar um vacilo numa legenda ou numa foto no banheiro. Tem também os fazem sucesso por usar o espaço de depoimentos como chat privado e distraidamente revelam alguns segredos íntimos e obscenos.
Apenas com esses exemplos acima você já pode nivelar quem freqüenta esse antro, mas me expliquem: QUE MERDA É ESSA?
Depois de tudo, eu só tenho uma certeza, a inclusão digital leva ao terrorismo e preconceito digital. Ai vem a polícia e cria aquele estardalhaço todo querendo o banco de dado do Google, políticos com leis que acabam com toda a privacidade do usuário.
Que deus exploda todos os depósitos e fábricas da Amazon PC, Positivo e Tecpix. Que declare falência a qualquer loja que venda um computador com parcelas abaixo de 200 reais. Sem se esquecer de queimar todas as lan houses, de preferência no horário de pico.
Amém!
(*) Antes de me chamar de hipócrita por ainda ter um perfil no Orkut, o problema não está na ferramenta, e sim nos usuários. Ainda existem coisas boas por lá e a comunidade Discografias é uma delas. Além, quer algo melhor pra fornecer pauta pra um blog de “humor”?
(**)Crédito das fotos ao GTO, e o velório ao Vale 1 Clique.