Uma das dúvidas que sempre me intrigou profundamente é: o que leva um empresário a decidir atuar no ramo funerário?
Exceto na hipótese de sucessão hereditária no empreendimento familiar – quando o sujeito herda a empresa estabelecida pela família e simplesmente segue tocando o negócio – ou quando o senso de oportunismo alerta para uma boa brecha no mercado local, não imagino alguém que sempre tenha sonhado em trabalhar com defuntos e seus paletós de madeira.
E não dá pra dizer que os caras não tentam elevar o astral do segmento funerário. Basta dar uma olhada no mascote da próxima FUNEXPO – Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para os Setores Funerário e de Cemitérios da América Latina, um simpático e despojado caixão, pegando onda numa prancha de surfe (em homenagem à sede do evento, Guarujá, no litoral paulista).
Com tanta descontração num mercado quase sádico (uma vez que o índice de lucratividade varia de acordo com o de mortalidade), só posso imaginar que o filão deve ser realmente rentável.
Até porque, hoje em dia, um caixão está pela hora da morte.
(Dica da madrinha)