Esqueça o resto do post, tudo que você precisa está aqui: agar.io
Agora, o necessário aviso: essa porra vicia mais que heroína com Nutella!
Fui apresentado ao jogo online Agar.io pelos colegas do trabalho e – coincidência ou não – a empresa fechou as portas poucos dias depois.
Costumo ter extrema cautela com certos games, como tenho com certas drogas. Consciente de minha suscetibilidade aos vícios, nunca vou atrás do último lançamento do Natureza Divina, ou da PSN, porque sei que horas ininterruptas de loucura ou jogatina me fariam falta no fim do mê$ – já bastam as infinitas séries e filmes do Netflix concorrendo com a minha produtividade e a minha vida social.
Mas, de tempos em tempos, me permito uma experimentação cuidadosa, mesmo sabendo de todo o seu potencial viciante. Aos destemidos interessados em uma excelente procrastinação, segue abaixo um guia básico de sobrevivência no universo Agar.io:
1. Configurações
Na tela inicial você deve escrever o nome de sua célula, podendo determinar uma das skins especiais do jogo (ver abaixo), ou escolher um apelido engraçadinho aleatório como “Bicho Papão”, “Dibrador” ou “Vou te comi”. É comum encontrar células com propostas de aliança no nome, como “BR ajuda BR” ou “W = Team”, pois no modo de jogo FFA (“cada um por si e Deus por todos”) é muito útil contar com a ajuda de aliados. Em algumas salas é possível ver todo um clã de células em operação.
Quem não estiver muito a fim de tentar fazer diplomacia com a linguagem corporal de uma célula pode tentar o modo de jogo por times, em que os jogadores de cada sala são divididos por cores (azul, vermelho e verde). O modo de jogo experimental também é no esquema “todos contra todos”, mas como o próprio nome diz possui alguns elementos diferentes em teste.
Expandindo as configurações avançadas é possível escolher a região geográfica em que você quer jogar, determinar algumas preferências de visualização (recomendo o “Dark Theme”) e até observar a sala como espectador.
2. Dinâmica
A lógica do jogo se baseia na “lei da selva”, ou “lei do mais forte” (ou ainda, adaptando para o caso, “lei do maior”). Funciona mais ou menos como um “pique-pega” virtual hierarquizado onde o maior come o menor, como nas cadeias alimentares típicas. Pra compensar, quanto maior a célula, menor a sua velocidade.
Você começa com o menor tamanho de célula, e precisa se alimentar posicionando o mouse em direção a essas bolinhas coloridas ainda menores espalhadas pela tela pra poder crescer, enquanto foge de todas as outras células maiores.
3. Estratégia
Com o desenrolar do jogo, muita ração colorida, e sagacidade pra “fagocitar” os menores que cruzarem seu caminho, você deixa de ser uma pequena e ligeira célula para se tornar uma grande e pesada bola. Como na vida.
A esta altura é bem provável que você já tenha percebido que a disparidade de tamanho/massa entre as células deve ser significativa para que uma “coma” a outra, e também que, quanto maior a diferença de tamanho, maior a diferença de velocidade, tornando-se muito difícil alcançar uma pequena presa na corrida.
É mais eficaz tentar obter massa tomando whey e puxando ferro encurralando suas vítimas nos cantos do cenário (que possui limites definidos, apesar de invisíveis), ou surpreendendo adversários com mudanças repentinas de direção e outros movimentos imprevistos, especialmente quando uma célula estiver focada em fugir ou correr atrás de outra.
Além do controle direcional do deslocamento com o mouse, existem outros dois comandos de teclado possíveis, extremamente úteis na hora de “dar o bote” ou, ao contrário, fugir dele:
- Barra de espaço = divide a célula ao meio, projetando uma das metades na direção do mouse.
- W = despeja porções mínimas de massa no cenário, na direção do mouse, deixando a célula menor e, portanto, mais rápida.
A possibilidade de “dropar” matéria é bastante utilizada nas jogadas em equipe, pra transferir massa entre aliados. Daí nomes como “W = Team” (mencionado lá no item “1. Configurações”), que alguns utilizam para indicar que fazem parceria com quem manda nudes massa de presente.
4. Obstáculos
Rapidamente você irá encontrar fixos pelo cenário esses círculos verdes rodeados por espinhos, de tamanhos pouco variados. Aqui a dinâmica se inverte: células menores que tais círculos transpassam por eles sem maiores problemas, enquanto células maiores que seu diâmetro explodem em diversas partes pequenas se tentarem atravessá-los – tornando-se presas fáceis.
Uma das jogadas mais ousadas do Agar.io é utilizar esses espinhos verdes para atacar outras células. Como dito acima, é possível arremessar porções de massa com a tecla “W”. Se você o fizer direcionado para um desses círculos, ele irá crescer até se dividir, projetando um novo círculo verde espinhento na direção contrária (onde deve estar posicionada a vítima a ser “explodida”).
No modo de jogo experimental existem círculos vermelhos maiores que despejam bolinhas coloridas em seu redor, mas também funcionam como obstáculos.
5. Skins
Apenas pra demonstrar sua mais pura legitimidade no contexto cultural da internet, o Agar.io possui aparências especiais de células que podem ser usadas quando se preenche o nome correspondente, conforme imagem acima.
Se quiser, você também pode assistir a um monte de gameplays disponíveis no YouTube.
E se os servidores ainda estiverem segurando a onda do sucesso, se jogue no Agar.io!
Conhece algum outro joguinho viciante de alta periculosidade? Manda a dica pra gente: treta@treta.com.br