Com o início no Rio de Janeiro dos Jogos Parapan-americanos de 2007, abre-se mais uma vez o espaço para uma velha reflexão. Os deficientes físicos mais sagazes das américas reúnem-se numa competição esportiva acirrada em busca de superação, medalhas e recordes.
Foda-se se o Brasil vem com uma delegação forte ou se vai brigar apenas pelo 9º lugar. Os atletas da competição são verdadeiros heróis da pátria, que empenham cada membro amputado ou com paralisia em nome de um ideal muito maior que as limitações impostas pelo destino.
Fico imaginando uma meia dúzia de boçais que conheço, daqueles que vivem reclamando de tudo, na hipótese de um dia terem que tocar a vida sem o dedo mindinho do pé esquerdo. Aposto que muitos se deixariam abater e assumiriam para sempre o papel de vítimas injustiçadas da vida.
Fico muito feliz de ver os camaradas de cadeiras de rodas, ou cegos, ou sem alguma parte do corpo, fazendo coisas que muitos “eficientes” não dão conta de fazer.
Sem mais delongas nesse papo piegas, a lição que todos devemos aprender é: seja lá o que aconteça das nossas vidas, o lance é levantar, sacudir a poeira, dar a volta por cima e seguir aloprando.
Bom domingo!