Apenas um dia anormal no interior de São Paulo…
Sendo absolutamente sincero como manda nosso compromisso público de transparência editorial, sou obrigado a confessar-lhes que por alguns instantes cheguei a duvidar que esta cobertura fosse sair. Não que o último SWU não tenha sido um evento absolutamente fantástico e cheio de momentos épicos a serem registrados, pelo contrário. Foi FODA. Minha frustração é maior ao constatar que possuíamos todo o aparato ~técnico~ para realizarmos a maior cobertura de nossa história. Contudo, como manda a tradição, quase tudo e mais um pouco deu errado no que diz respeito ao aspecto ~técnico~ da nossa empreitada e ficaremos devendo as reportagens completas para uma próxima aventura.
Pelo menos o TRETA ganhou publicidade subliminar espontânea durante o SWU
Era isto e eu ia resignar-me à minha própria insignificância quando pensei nos honrosos membros da equipe TRETA, que nunca fogem de uma missão, nos nossos gloriosos leitores, que sempre acreditam que um dia este blog passe a fazer algo que preste, na epopeia de emoções singulares que deu o tom do festival e decidi por bem trazer à tona o meu testemunho empírico da experiência que foi o SWU Brasil 2011 adicionado de algumas mídias improvisadas e outras emprestadas.
Vamos lá!
Dia 12.11 – Sábado
Caímos na estrada com a equipe desfalcada e encontramos uma Paulínia aparentemente construída para abrigar aquele festival. Na verdade há rumores de que a área utilizada para o evento seja maior que a extensão territorial do município, mas não nos damos a maldades. Não obstante a importância dos debates sobre novas atitudes e sustentabilidade global no Fórum nossa missão era específica e compreendia viver a perspectiva de um mundo melhor tomando uma Heineken gelada de frente pro palco.
Acompanhado do meu parceiro oficial de FESTA DURO em solo paulista @Luide, curtimos a brisa dos shows vespertinos do primeiro dia de festival com lágrimas nos olhos até este que ainda considero ter sido o meu maior arrepio em todo o feriadão de espetáculos:
Com este encontro inédito de Emicida e Marcelo D2 tudo o mais que veio depois já era lucro líquido. Até mesmo ouvir o cover genérico genético de Bob Marley, rir da chinfra do cara mais susse do universo – Snoop Dogg – ou mesmo ficar a 10 metros da gostosa da Fergie.
Deu até pra não decidir ir embora durante as 55 horas que o maldito Kanye West ocupou o palco com a mesma monótona melodia.
Dia 13.11 – Domingo
Acometidos por uma terrível e previsível ressaca oriunda da intensidade do dia anterior, nossa equipe partiu ainda mais desfalcada para o segundo dia de SWU, sob um céu de chuvas torrenciais que felizmente diminuíram ao longo da estrada.
Apesar da extensa e intensa programação, o assunto do dia desde cedo era a briga entre a produção do Ultraje a Rigor e a do Peter Gabriel & The New Blood Orchestra. Epifânias que só um autêntico festival de MMA pode porporcionar.
Courtney Love foi outra que aprontou pra cima do público que fazia homenagens em cartazes a Kurt Cobain e David Grohl. Chegou a sair do palco durante uma música e pedir para a galera insultar os Foo Fighters em coro.
Como somos blogueiros pacifistas e não temos nada com isso, fizemos o devido check in nos palcos principais para conferir as atrações do dia e logo partimos para a tenda eletrônica onde John Digweed, Afrojack e Fedde Le Grand botavam a galera pra quicar na pista:
Com a graça de Steve Jobs e a civilidade do ambiente consegui fazer um ligeiro registro do batidão de tio Fedde no porão do SWU:
Fechamos a conta do dia com saldo positivo e joelhos em frangalhos mais uma vez.
Dia 14.11 – Segunda
O último dia de festival foi ainda mais molhado e sombrio, mas nada poderia ser mais adequado para um encontro internacional de roqueiros no desfecho apoteótico de mais um SWU pleno.
Depois de um dia inteiro de dedos indicadores e mindinhos para o alto, o Faith No More encerrou o festival de shows com um festival de palavrões em sonoro e bom português. Show histórico e histérico, pra não deixar dúvidas da epicidade de tudo o que acontecera nas últimas 72h de doideras malucas em Paulínia.
De mais a mais só nos resta dizer que efetivamente o SWU cumpre a função de trazer uma mensagem inovadora nas entrelinhas de atrações engajadas e proporcionar em todos nós o sentimento de que estamos marcando bobeira porquanto não transformamos todas as boas possibilidades teóricas em algo a ser vivido na prática do cotidiano.
Por aqui já começou. E com você, quando vai ser?