Do Underground ao Emo: história da minha geração


Sou de um tempo em que tribo era coisa de índio. Éramos jovens com um gosto musical e muita disposição em comum. Viagens em condições subumanas para ver de perto aquela famosa banda que ninguém nunca ouviu falar.

Era um tempo em que sXe não usava drogas, vegans fabricavam o próprio xampú e ninguém usava Nike por causa do capitalismo (mas não abriam mão de Bacardi com Coca-Cola ou de um bom e velho All-Star). Em que olheiras eram naturais das noites mal dormidas e não vinham com auxílio de maquiagem, o cabelo era horroroso porque éramos desleixados e não porque estava na moda. Em que vênus não passeava de mãos dada com vênus com tanta frequência, mas quando marte amava marte era legítimo e não por moda. Era uma época recheada de sonhos e mais “traições ao movimento” que qualquer novela escrita pela Glória Perez.

É com lágrimas nos olhos, que lembro de uma época que participei:

 

E dá um puta orgulho ver que o ponto de partida dessa parada nasceu banhado ao capixabíssimo Rio Jucu.

– – –

Dica do Roma!