De pequeno, de um jeito ou de outro, a gente aprende que o amor é a coisa mais importante do mundo.
Quando chega a idade de reparar na dobra atrás do joelho d@ coleguinha, a gente logo entende que vai se foder o resto da vida.
Duas ou três lições no caminho mostram que o sentimento de posse é uma cilada minuciosamente planejada pra você aprender a tomar posse de si.
E enfim compreender que o amor não era nada daquilo que eles disseram.
Que a lei das probabilidades se aplica de uma forma muito peculiar em tudo ao seu respeito, como se alguém do outro lado passasse o dia brincando de lhe enviar mensagens cifradas.
E você vai sorrir, sem querer, na hora errada: a lei das probabilidades se aplica!
Nem mesmo as cartas do baralho mais embaralhado, ou as previsões de um horóscopo corrigido com as últimas descobertas da astronomia.
Nem visitando e revisitando todas as histórias já contadas sobre o que eventualmente pode acontecer com uma pessoa. Ou duas.
Nem fechando os olhos com força pra desconstruir o universo ao redor com poderes mágicos que você ainda não descobriu possuir.
O amor é a porra da caneta esferográfica que explode em cima do seu melhor manuscrito.
E aí você descobre que o destino não é escritor, é artista.
E que nem toda literatura dos séculos comportaria esse livro de colorir abstrato.
Art Of Love é uma série de Android Jones